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Publicado em 23/06/2023 13:26h
A cidade de Belém, no Pará, vai sediar a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (26) pelo governo federal, por meio de um vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), recebem a confirmação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
“As Nações Unidas aprovaram, no último dia 18 de maio, a realização da COP-30 na cidade de Belém do Pará, em novembro de 2025”, informou o chanceler.
A Conferência do Clima da ONU é o maior evento do mundo dentro dessa temática. Na reunião, chefes de Estado e de governo, pesquisadores, ambientalistas e empresários discutem medidas de enfrentamento às mudanças climáticas.
A candidatura de Belém para ser a cidade-sede foi oficializada em janeiro. No entanto, a articulação que resultou na escolha começou quando o presidente Lula ainda não tinha tomado posse, no ano passado, durante COP-27, no Egito.
“Eu já participei de COP no Egito, em Paris, em Copenhague e o pessoal só fala da Amazônia, só fala da Amazônia. E eu dizia assim: por que, então, não fazer a COP em um estado da Amazônia para vocês conhecerem o que é a Amazônia?”, explicou Lula no vídeo.
Na gravação, o governador do Pará garante ao presidente que o estado está preparado para receber o evento. “Aumenta nossa responsabilidade de mostrar que o Brasil está preparado, e a responsabilidade da agenda ambiental conciliando os amazônidas de nossa região e o respeito ao meio ambiente”, afirmou Helder Barbalho.
COP é uma sigla em inglês que significa “Conferência das Partes” (“Conference of the Parties”), representando a associação de todos os países-membros (ou “partes”) que se reúnem anualmente, por um período de duas semanas, para avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta.
Ela é a maior e mais importante conferência anual relacionada ao clima. Sua origem está ligada à ECO-92, organizada há 30 anos pela ONU, no Rio de Janeiro, onde 197 países assinaram um tratado para estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
A primeira COP ocorreu em 1994, em Berlim, na Alemanha, quando o tratado assinado em 1992 entrou em vigor. Desde então, a ONU convoca anualmente todos os países para a cúpula climática — em 2021, líderes de 120 nações participaram da reunião, segundo a organização.
Obras de infraestrutura urbana vão preparar a cidade para receber a maior agenda de discussões ambientais do planeta
Um dia histórico para a capital paraense este sábado (17), quando foram oficializadas pelo Governo do Pará e pela Prefeitura de Belém intervenções ao desenvolvimento urbano da cidade, visando à Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Em um encontro no galpão da CDP, o governador Helder Barbalho e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciaram junto com autoridades as tratativas estratégicas para o evento.
O encontro entre os líderes do Executivo estadual e federal ocorreu neste sábado (17), com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes; da ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck; do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; do senador Jader Barbalho; do senador Randolfe Rodrigues, líder do Governo no Senado; do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; e demais autoridades.
“Não existe nada mais falado no mundo do que a Amazônia. É importante saber que por aqui moram 28 milhões de seres humanos que precisam trabalhar, comer e que a gente tem que preservar esse lugar. Por isso, o que vai acontecer aqui vai ter a maior atenção do mundo e o Governo Federal não vai medir esforços para que a gente ajude tanto a Prefeitura de Belém quanto o Governo do Estado a receber esse importante evento”, ressaltou o presidente Lula.
Para o governador Helder Barbalho, a COP é a mais extraordinária oportunidade que a sociedade tem para encontrar uma solução à agenda ambiental. “É o Pará e o Brasil protagonizando a mudança do uso do solo, a valorização da floresta viva, a geração de emprego verde, a viabilização de um modelo econômico que faça com que a floresta esteja em pé e com que as pessoas possam ter emprego e renda. O Pará tem feito o dever de casa, só este ano nós tivemos a maior redução do desmatamento da história do estado e vamos continuar combatendo a ilegalidade ambiental, mas é fundamental que nós possamos encontrar uma solução para as pessoas terem sustento, poderem produzir e colocar alimento na mesa”, disse.
Apoio – O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou o apoio ao Governo do Estado para a realização da COP 30 em Belém. “Estamos nos colocando à disposição do Governador Helder, que foi outra peça fundamental para que a COP pudesse ser aqui no Pará, a partir da articulação feita por ele junto ao presidente sobre a importância desse evento acontecer no Pará. Em todas as edições da COP, todos sempre falam da Amazônia, mas falam da Amazônia a partir de um livro que leram, de um documentário que assistiram ou da opinião de alguém, mas é importante que os chefes de estado e as pessoas que de fato valorizam o meio ambiente venham para falar da Amazônia conhecendo a Amazônia”, pontuou.
Além de oficializar Belém como sede da COP 30 e definir as principais medidas de preparação para o evento, o Presidente Lula participou da assinatura da ordem de serviço para o início das obras do Porto Futuro 2ª Etapa, projeto que prevê o restauro e revitalização de sete galpões da CDP para uso em iniciativas voltadas à geração de emprego e renda nas atividades ligadas à economia criativa e ao desenvolvimento de negócios sustentáveis. A obra tem prazo estimado de 25 meses e o investimento será de cerca R$ 300 milhões.
Também foram assinados protocolo de intenção de reforma do Ver-o-Peso e de reabilitação do Parque Igarapé São Joaquim. De acordo com a Prefeitura de Belém, o parque, localizado na bacia do Una, terá área de 6,48 hectares e 4,6 km de extensão, e está orçado em R$ 150 milhões. Já no complexo do Ver-o-Peso, as obras incluirão estacionamento, feiras, mercados de Carne, de Peixe, Pedra do Peixe e a Feira do Açaí.
Turismo – Outro tema abordado foi o uso turístico de áreas da União em Belém, proposto pelo governador Helder Barbalho para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos este mês, além de obras importantes para garantir a infraestrutura da malha viária, como o Parque da Cidade, que será um espaço projetado para oferecer à população diversas opções de lazer, interação, cultura, arte e bem-estar. A obra representa a maior intervenção urbana dos últimos 100 anos na capital paraense.
As pautas reforçam o compromisso do Governo do Pará com o desenvolvimento urbano da cidade, já evidenciado em 2020, com a entrega do Parque Urbano Belém Porto Futuro, a partir de uma proposição do Ministério da Integração Nacional, à época em que Helder Barbalho foi titular da pasta. A primeira fase contemplou a construção de uma ponte sobre o canal da Avenida Visconde de Souza Franco (Doca); a abertura da Rua Belém, ligando a Avenida Pedro Álvares Cabral à Travessa Rui Barbosa; a criação de estacionamentos; uma praça gourmet e a reforma da Praça General Magalhães. A obra recebeu investimentos federais no valor de R$ 31,5 milhões e o parque é visitado diariamente por cerca de 2 mil pessoas.
Porto Futuro – Este ano, serão iniciadas as obras do projeto Porto Futuro 2ª etapa, que abrange sete galpões, oficialmente cedidos pela Companhia Docas do Pará (CDP) ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), para atividades econômicas ligadas à cultura, ao turismo, à bioeconomia.
O projeto prevê o restauro e revitalização dos Armazéns 04, 04-A, 05, 06, 06-A e a remontagem do Armazém 11 , bem como propostas de ocupação dos espaços voltadas à valorização do patrimônio cultural e à geração de emprego e renda nas atividades ligadas à economia criativa e ao desenvolvimento de negócios sustentáveis baseados na biodiversidade.
Um diferencial importante do projeto é que ele será desenvolvido localmente, respeitando as características ambientais, urbanas e paisagísticas locais, além do patrimônio histórico. As propostas para os armazéns preveem espaço para a economia criativa e inovação (artesanato e bioeconomia); cultura alimentar (alimentação, oficinas, experiências, cursos); uma praça central, com área infantil, apoio turístico, segurança e área técnica; estacionamento com 200 vagas para carros e bicicletário; nove guindastes, sendo que os dois laterais serão transformados em mirantes; e a transformação dos armazéns 11 em Memorial da Navegação Amazônica, solicitado pela CDP, e Memorial da Cultura Popular e Patrimônio Imaterial. A obra tem prazo estimado de 25 meses e o investimento será de cerca R$ 300 milhões.
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